A oftalmologista Dra. Mayara Abrahão, do Instituto de Olhos de Catalão, explicou que diversas doenças que atingem o organismo podem, igualmente, provocar alterações importantes nos olhos. A especialista participou de entrevista na Rádio Cultura e apresentou orientações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento.
Doenças do corpo que refletem nos olhos
De acordo com a médica, muitas condições sistêmicas — como hipertensão, diabetes, artrite reumatoide, lúpus, toxoplasmose e sarcoidose — não se limitam aos órgãos de origem. Pelo contrário, elas podem se manifestar nos olhos e, em alguns casos, até permitir o diagnóstico precoce dessas enfermidades.
Além disso, essas doenças são capazes de causar inflamações, infecções e alterações na retina, córnea e nervo óptico. “Essas complicações podem, inclusive, resultar em perda de visão severa e, às vezes, irreversível”, explicou.
Sintomas mais comuns
Segundo a oftalmologista, a uveíte é uma das manifestações oculares mais frequentes. Dessa forma, o paciente costuma apresentar três sinais clássicos:
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Vermelhidão ocular,
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Dor súbita, e
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Sensibilidade intensa à luz (fotofobia).
Ela destaca que, muitas vezes, os sintomas surgem de maneira rápida. “O paciente estava bem e, de repente, começa a sentir dor, incômodo com a luz e notar o olho vermelho. Por isso, é fundamental procurar atendimento imediato”, reforçou.
Diagnóstico e investigação
Quando o quadro indica uveíte, o diagnóstico não se limita apenas ao exame clínico. Pelo contrário, é comum solicitar exames laboratoriais complementares para tentar identificar a doença de base. Entretanto, mesmo com uma investigação ampla, há situações em que a causa não é encontrada.
Ainda assim, o tratamento deve ser iniciado prontamente para evitar danos maiores.
Tratamento em conjunto com outras especialidades
A médica também enfatizou que o acompanhamento integral do paciente é essencial. Por exemplo, quando a uveíte está relacionada a doenças autoimunes, o tratamento costuma ser realizado em parceria com o reumatologista.
Nesses casos, utilizam-se medicamentos imunossupressores e corticoides, que ajudam a controlar a inflamação. “O ideal é tratar a causa sistêmica para que o problema não retorne”, explicou.
Como prevenir complicações oculares

Para reduzir os riscos, a especialista orienta que o paciente mantenha o controle rigoroso da doença de base. Além disso, ela recomenda:
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alimentação equilibrada;
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vacinação em dia;
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consultas oftalmológicas regulares;
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busca imediata por atendimento diante de qualquer alteração visual.
Assim, torna-se possível detectar precocemente inflamações oculares e evitar sequelas.
Avanços na cirurgia de catarata

Durante a entrevista, Dra. Mayara também falou sobre sua subespecialidade: a cirurgia de catarata. Segundo ela, o procedimento evoluiu bastante nos últimos anos. Hoje, há mais recursos tecnológicos, tanto nos aparelhos quanto nas lentes intraoculares, o que permite cirurgias mais seguras e personalizadas.
Além disso, o Instituto de Olhos de Catalão possui centro cirúrgico próprio, o que facilita o atendimento. A cirurgia é realizada com anestesia local e leve sedação, garantindo conforto ao paciente. “Muitas vezes, conseguimos entregar ao paciente uma visão renovada e, em alguns casos, até eliminar a necessidade de óculos”, ressaltou.
Atendimento e contatos

A doutora atende na clínica ao lado do pai, Dr. Nicolau, e, em breve, também com o irmão, Dr. Nicolau Filho. A unidade recebe pacientes da Unimed, Pró-Saúde, convênios municipais e ainda realiza atendimentos pelo SUS em dias específicos.
Contatos do Instituto de Olhos de Catalão:
📞 3411-3030
📱 (64) 9 8111-2007






