O secretário de Meio Ambiente de Catalão, José Eduardo Barroso, afirmou que o município tem avançado no controle populacional de cães e gatos. A principal estratégia, segundo ele, é a castração associada à adoção responsável.
Além disso, Barroso lembrou que Catalão se tornou o primeiro município de Goiás a implantar um centro de castração municipal em parceria com a ASPAC. Em cinco anos, a unidade realizou mais de oito mil cirurgias. Portanto, o município segue como referência no Estado. “Todos os estudos apontam que a castração é o caminho eficaz. Não se fala mais em eutanásia ou carrocinha”, destacou.
Conselho de Proteção dos Animais
Outro ponto importante é o Conselho de Proteção dos Animais Domésticos (COMPEDA). Criado por lei municipal, ele reúne secretarias, profissionais de saúde e entidades ligadas à causa animal. Além disso, o Ministério Público destina recursos diretamente ao conselho, o que possibilita a execução de ações contínuas.
No mês passado, por exemplo, o conselho distribuiu quase quatro toneladas de ração para abrigos e protetores independentes. Assim, a medida fortaleceu quem mantém e cuida de animais abandonados no município.
Adoção responsável
A Prefeitura também organiza feiras de adoção em diferentes bairros da cidade. Nessas ocasiões, veterinários parceiros preparam os animais com banho, vacinação e vermifugação. Além disso, a SEMAC garante que todos os cães e gatos adotados sejam castrados.
Como resultado, nas últimas seis feiras, famílias de Catalão acolheram 38 animais. “Não basta apenas alimentar os bichos nas ruas. Isso pode causar acidentes e ataques. O mais correto é adotar, levar para casa e cuidar com responsabilidade”, reforçou o secretário.
Novas parcerias e ações
Atualmente, o município estuda firmar parceria com o curso de Medicina Veterinária da UNA. A iniciativa, se confirmada, permitirá tratar casos graves, como cães e gatos atropelados sem tutor.
Além disso, a Secretaria de Meio Ambiente desenvolve atividades educativas em escolas e empresas. Oficinas de reaproveitamento de materiais, por exemplo, ensinam como transformar garrafas PET em brinquedos para animais. Desse modo, o trabalho reforça tanto a consciência ambiental quanto o cuidado responsável.
Conscientização e lei
Por fim, Barroso destacou que a população precisa assumir seu papel. “É gostoso ganhar um cachorro, mas é preciso estar preparado para cuidar dele. Caso contrário, o risco de abandono cresce e o problema se repete”, alertou.
Ele lembrou ainda que maus-tratos configuram crime ambiental. “Quem abandonar ou não oferecer condições adequadas será responsabilizado”, concluiu.
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