Rio de Janeiro – O número de mortos na megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) subiu para 132, conforme divulgou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Dessa forma, a ação realizada na terça-feira (28/10) se tornou a mais letal da história do estado.
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Durante a madrugada, moradores do Complexo da Penha transportaram 72 corpos até a Praça São Lucas, dentro da comunidade. Eles afirmaram que encontraram os corpos em uma área de mata que fica entre os complexos do Alemão e da Penha. Segundo relatos, essa região concentrou os confrontos mais intensos da operação.
Além disso, o governo estadual informou que 64 pessoas morreram apenas na terça-feira e 81 suspeitos foram presos. Entre as vítimas, quatro policiais — dois civis e dois militares — também perderam a vida durante o avanço das equipes.
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Conflito mais tecnológico e coordenado
A ação mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares, que atuaram por diferentes acessos das comunidades. Assim, as forças de segurança tentaram romper barreiras do tráfico e enfraquecer a facção. Por outro lado, investigadores apontam que o Comando Vermelho segue com poder de fogo capaz de desafiar até tropas de elite.
Pela primeira vez, criminosos lançaram explosivos por drones contra equipes da Core. Com essa tática, eles monitoraram policiais em tempo real e atacaram posições estratégicas. Portanto, o confronto aumentou de intensidade e alcançou um nível tecnológico incomum no Rio de Janeiro.
Arsenal apreendido
As equipes apreenderam mais de 90 armas, incluindo fuzis de guerra, além de grande quantidade de munição e explosivos. Enquanto isso, os policiais também recolheram rádios comunicadores e cerca de 200 kg de drogas armazenadas em pontos distintos das comunidades.
Por fim, o MPRJ e o governo fluminense devem atualizar os números nas próximas horas, já que o reconhecimento das vítimas ainda está em andamento.






