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Caiado diz que STF impede prisão de traficante foragido no Rio de Janeiro

Governador critica efeitos da ADPF 635 e diz que medida favorece atuação de facções criminosas

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), criticou publicamente a ADPF 635, ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (22), ele afirmou que a medida impede a prisão de um dos principais líderes do tráfico no estado. O criminoso está foragido no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

Polícia prende parte da quadrilha, mas líder segue foragido

Nesta semana, a Polícia Civil de Goiás deflagrou a Operação Hidra, por meio do Genarc de Trindade. Como resultado, os agentes prenderam 19 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e homicídios em Trindade. A investigação apontou que o grupo cometeu cinco assassinatos em 2024 e movimentou cerca de R$ 1 milhão em oito meses.

Apesar do sucesso da operação, o principal alvo conseguiu escapar. Thiago Júlio Vitorino dos Santos, conhecido como “Montanha”, de 27 anos, fugiu para o Rio de Janeiro. De acordo com a polícia, ele se esconde no Complexo do Alemão, onde recebe apoio do Comando Vermelho.

ADPF impõe entraves legais, afirma Caiado

Segundo Caiado, a Polícia Civil já sabe onde o criminoso está, porém não consegue efetuar a prisão. O governador alega que as restrições impostas pela ADPF 635 impedem operações em favelas do Rio de Janeiro. A medida, por sua vez, exige autorização do Ministério Público, justificativas formais, documentação completa da ação e proíbe o uso de helicópteros.

Além disso, Caiado afirmou que a decisão do STF tem enfraquecido o combate ao crime organizado. “Se querem acabar com o crime, a lei tem que valer para todo o Brasil. Não podemos permitir que criminosos fujam e se protejam impunemente em outras regiões”, declarou.

Facções se aproveitam da proteção legal

Conforme explicou o delegado Douglas Pedrosa, criminosos de fora do Rio vêm usando o Complexo do Alemão como esconderijo. “Lá, eles contam com a proteção da facção e também da geografia. Por isso, é praticamente impossível agir sem autorização judicial”, afirmou.

Segundo ele, pelo menos três outros traficantes goianos estão escondidos na comunidade carioca. “Enquanto isso, eles seguem comandando crimes à distância, protegidos pelas limitações legais”, completou.

Polícia goiana amplia atuação fora do estado

Apesar das dificuldades, a Polícia Civil de Goiás tem buscado alternativas. O delegado-geral André Ganga revelou que, somente em 2024, a corporação realizou 151 operações fora do estado. Essas ações resultaram na prisão de 454 criminosos, sendo 78 no Rio de Janeiro.

“Mesmo com obstáculos, continuamos cumprindo nossa missão. A polícia goiana vai onde for necessário para combater o crime”, afirmou Ganga.

Governador cobra reação nacional

Caiado encerrou sua fala com um apelo ao governo federal. Segundo ele, a política de segurança pública precisa ser mais firme e abrangente. “Caso contrário, o crime continuará avançando. Precisamos de coragem para enfrentar as facções. O Brasil inteiro está sofrendo as consequências da omissão”, finalizou.

Badiinho Moisés
Badiinho Moisés
Blogueiro há 15 anos, proprietário da empresa Badiinho Publicidades, e também repórter de rádio e televisão na emissora Cultura FM 101,1, em Catalão-GO.

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