Um avião monomotor caiu sobre uma casa na Rua 24, no Setor Santos Dumont, em Goiânia, na tarde de segunda-feira (13). O piloto Maurício Braga de Araújo, de 71 anos, conseguiu sair sozinho da aeronave e recebeu atendimento de equipes de resgate com ferimentos leves.
O Corpo de Bombeiros informou que ele tinha escoriações e um corte na cabeça, mas permaneceu consciente durante todo o atendimento. A moradora da casa, apesar do susto, não sofreu ferimentos. A parte superior do imóvel ficou bastante danificada após o impacto.
Tentativa de pouso de emergência
Segundo a esposa, Sônia Ferreira Braga, o marido participava de um encontro de aviação em Jataí, no sudoeste de Goiás, desde o sábado (11). Quando retornava a Goiânia, o motor do avião parou de funcionar, obrigando-o a realizar um pouso de emergência.
“Ele sempre foi muito cuidadoso. O avião era o xodó dele. Tinha passado por revisão há cerca de 60 dias e só fez duas viagens depois disso”, contou Sônia.
“Depois da revisão, ele foi para Piracicaba (SP) e agora para Jataí, quando, na chegada, aconteceu o acidente”, completou.
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Estado de saúde
As equipes encaminharam Maurício ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). De acordo com a família, ele levou pontos na cabeça, não apresentou fraturas e aguarda o resultado de um exame neurológico.
Avião estava em situação regular
A aeronave envolvida no acidente é um monomotor anfíbio experimental Seamax M-22, fabricado em 2008 e registrado sob a matrícula PU-DNA. O modelo transporta até dois ocupantes e só pode realizar voos visuais diurnos (VFR), sem autorização para operar como táxi aéreo.
Conforme os registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião estava com a documentação em dia e apto para voar. Maurício comprou a aeronave nova em 2008 e escolheu o prefixo em homenagem à mãe, Dinah Araújo.
Paixão antiga pela aviação
Sônia destacou que o marido é apaixonado por aviação desde jovem. Aos 19 anos, ele venceu um campeonato de paraquedismo do Exército. Mais tarde, em 2004, começou a pilotar aviões e, desde então, acumulou grande experiência.
Durante a pandemia da Covid-19, ele suspendeu os voos por segurança, mas manteve todas as revisões e exames atualizados, retornando aos ares assim que o isolamento terminou.
Investigação do acidente

A Força Aérea Brasileira (FAB) comunicou que o Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), com sede em Brasília (DF), iniciou a investigação sobre o caso.
Os investigadores coletam informações, analisam os danos e preservam evidências que possam indicar as causas da queda. O relatório final será disponibilizado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) assim que o processo for concluído.






