7 de setembro de 2017

Após coordenadora ser agredida, professores da rede pública se reúnem com o MP de Catalão

“Foto envida pelos professores ao Blog do Badiinho antes do início da reunião na sede do Ministério Público de Catalão, ocorrida na manhã da última quarta (06)”

Em reunião na sala de professores do Colégio Dona Iayá, o grupo de profissionais da escola foi até a sede do Ministério Público da cidade de Catalão, para ser discutido e dialogado sobre o fato da agressão proferida pela mãe de uma aluna na noite da última segunda-feira (04) contra uma coordenadora do curso técnico MEDIOTEC financiado pelo PRONATEC.

Os professores consideraram e classificaram a situação como um fato gravíssimo e solicitaram da Promotoria de Catalão providências relativas ao caso.

Dezenas de professores participaram da reunião que aconteceu na manhã da última quarta-feira (06), no MP de Catalão, onde foram recebidos pelo Promotor de Justiça, Dr. Fábio Santesso Bonnas.

Como é feriado nacional nesta quinta-feira (07), nossa redação estará procurando na próxima segunda-feira (11), tanto o Promotor de Justiça, Dr. Fábio Bonnas, quanto também o professor que liderou e organizou a reunião, Admilson Marinho de Lima, que em nota contestou a produtividade da reunião com a Promotoria.


Companheiras e companheiros de trabalho!

Registro aqui algumas reflexões após a reunião com o MP!

A decisão do MP:

1 – Fomos esclarecidos que a decisão da Promotoria é acompanhar o desenrolar de um possível processo crime da vítima contra a agressora, pois a violência foi praticada pela mãe e não pela adolescente.

2 – Se a adolescente não praticou, não pode ser punida, de nenhuma maneira…

3 – O processo pedagógico da escola não é responsabilidade do MP, portanto qualquer decisão sobre o caso deve ser tomada pela escola.

4 – Violência na escola ocorre em todos os lugares ligo, não é função do MP interferir na escola, a não ser que seja grave…

Ocorreram mais abordagens, porém resumi nesses 4 pontos!

 

Estou triste e indignado, não pelos esclarecimentos, que foram importantes, mas pela forma desrespeitosa que o promotor Fábio nos tratou! Com uma postura arrogante, em momentos reveladores de cinismo, e com descaso assustador pelo nosso trabalho!

Minhas Segundas Reflexões:

1 – Ocorreu um fato de enorme gravidade, um profissional da educação ser agredido em seu ambiente de trabalho, pela mãe de uma aluna e na presença da mesma! Algo que nos traz muita indignação…

Porém, é necessário ponderar que envolve a vida de uma adolescente, que no julgamento da maioria de nós, é uma boa aluna! A mãe, poderá ser punida, se assim a justiça entender e nossa aluna, devemos punir? Transferi lá para outra escola não é um ato de punição e estaríamos sendo violentos e injustos? Ela fez algo que justifique ser punida?

2 – Como estão os pensamentos de nossa aluna? Como ela avaliou o fato ocorrido?

3 – Que outra forma podemos transformar algo tão negativo em uma maneira positiva de combate à violência?

4 – Será importante envolvermos a sociedade no debate sobre a violência e realizarmos atos que tornem público nossa indignação e nossa luta por uma educação de respeito e solidariedade?

 Não tenho todas as respostas, continuo reflexivo, mas penso que não devemos nos silenciar ou nos omitir diante dessa realidade!

Assina o texto foi escrito pelo professor Admilson Marinho e foi endereçado aos professores do Colégio onde a coordenadora foi agredida.

 

Escrito por: Badiinho Filho

Fotos: Reprodução