1 de novembro de 2017

Acatando recomendação do MP, mineradoras de Catalão promoveram Audiência Pública para discutirem cheiro de barata

Representantes das empresas mineradoras de Catalão, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e do Secretaria de Meio Ambiente do município de Catalão”

Atendendo uma recomendação do Ministério Público de Catalão, órgão que investiga o conhecido cheiro de barata em Catalão, sentido há anos pela população catalana, foi realizada na última terça-feira (31), uma Audiência Pública que reuniu representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, das empresas mineradoras CMOC e Vale Fertilizantes e também com a participação de moradores de Catalão.

O odor que é sentido em toda a cidade, é reclamado principalmente por moradores que moram em bairros mais próximos das mineradoras. A Audiência Pública foi organizada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, que enviou dois representantes, atendendo uma recomendação da Promotoria Pública da cidade. 

“Isso é uma exigência do Ministério Público da Comarca de Catalão, com o propósito de demonstrar junto a sociedade, alguma satisfação sobre esses aspectos de denúncias formuladas até por alguns setores da população, onde denunciam odores que está trazendo desconforto a população”, disse em entrevista António Gabriel Ferraz, Analista Ambiental da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.

Os analistas e engenheiros ambientais das mineradoras CMOC e Vale Fertilizantes, apresentaram dados obtidos através de estudos realizados pelas empresas, como explicou o gerente industrial da Vale, Jalmiro Lazarini Júnior, que afirmou que não é da empresa Vale o odor de cheiro de barata sentido em toda a cidade.

“Nós temos estudos completos, que comprovam que não é possível que esse odor seja causado pela Vale Fertilizantes. Nós estamos bem conscientes disso, tivemos fazendo um trabalho em nossos processos bastante minucioso de identificação de qualquer tipo de possibilidade. Reforçamos as nossas questões de manutenção dos equipamentos, ou seja, nossas emissões hoje são muito abaixo do que as recomendações nacionais e internacionais”, disse o gerente industrial da Vale, Jalmiro Júnior.

Os representantes da CMOC (Copebrás), não foram autorizados a gravar entrevistas, mas disse por meio de uma nota, que realiza a gestão da qualidade do ar em suas operações, atendendo as legislações vigentes por meio de processos rigorosos. Segue nota completa abaixo:


POSICIONAMENTO PARA A IMPRENSA 

Catalão (GO), 31/10/2017 – A CMOC International Brasil, por meio de sua empresa Copebras, esclarece que realiza a gestão da qualidade do ar em suas operações, atendendo as legislações vigentes por meio de processos rigorosos, sistemas de controle ambiental, monitoramentos, inspeções periódicas e investimento em equipamentos com tecnologias avançadas.

A empresa encomendou estudos de empresas independentes que apontaram que a concentração de fluoretos no ar ambiente na comunidade está abaixo do limite de percepção olfativa. Os estudos foram analisados por um especialista que atestou não ser possível relacionar as emissões de fluoretos com o “cheiro de barata”, no município de Catalão.

Estudos adicionais apontaram ainda que o processo de fabricação de fertilizantes da Copebras não gera odores perceptíveis na comunidade e, portanto, não há relação entre o “cheiro de barata” e as atividades produtivas da empresa.

“Audiência Pública foi realizada no Clube SESI de Catalão na noite da ultima terça-feira (31)”

Além da imprensa, representantes das mineradoras e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, o Secretário de Meio Ambiente do município de Catalão, Idelvone Mendes Ferreira , também participou da Audiência Pública.

O resultado da audiência será repassado ao Ministério Público que vai continuar com as investigações.

 

Escrito por: Badiinho Filho

Fotos: Leonardo