O Luiz Henrique Giocondo Santos, de apenas 14 anos de idade, morreu no início da noite da última terça-feira (2) depois de receber um disparo de arma de fogo dentro da garagem de uma residência na Avenida 111, no bairro Castelo Branco, em Catalão. Quando os bombeiros chegaram ao local, às 19h15, eles encontraram o jovem já sem sinais vitais e com um ferimento no tórax. Logo após a constatação da morte, a equipe acionou a Polícia Militar para apoiar o atendimento.

Forças de segurança agem rapidamente e identificam envolvidos
Ainda naquela noite, as forças de segurança iniciaram uma operação conjunta entre a CPE, o 18º BPM, o 9º CRPM e a Agência Regional de Inteligência. Por causa dessa mobilização, os policiais apreenderam o adolescente de 15 anos que efetuou o disparo e prenderam dois suspeitos que o ajudaram após o crime.
Segundo o comandante do 9º CRPM, Tenente-Coronel Henrique Steffli, os jovens estavam supostamente brincando de “roleta russa” quando a tragédia ocorreu.
“Dois menores brincavam de roleta russa dentro da casa. Um deles disparou o revólver calibre .38 no peito do outro. A vítima tinha 13 anos e o autor, 15. É uma tragédia que nos deixa profundamente sentidos”, afirmou o comandante.
Polícia apreende moto e munições usadas na fuga
Durante a ação, os militares também apreenderam uma Honda Biz vermelha, utilizada para ajudar o menor autor a fugir, além de sete munições calibre .38 encontradas no bagageiro do veículo. Conforme explicou Steffli, a integração entre as equipes acelerou os resultados.
“Em menos de uma hora apreendemos o autor, localizamos outro envolvido e apreendemos a moto e as munições. A inteligência da Polícia Militar mostrou eficiência mais uma vez”, destacou o comandante.
Além disso, o irmão do adolescente que realizou o disparo — um homem de 27 anos — participou diretamente da fuga e escondeu a arma utilizada. Em seguida, os policiais o localizaram e o apresentaram na delegacia.
Arma usada no disparo segue desaparecida
Apesar do avanço das equipes, a Polícia Militar ainda não encontrou o revólver calibre .38 utilizado durante a suposta roleta russa. Os adolescentes deram versões contraditórias, o que dificultou a localização do armamento.
“A versão deles sobre a arma é muito frágil. Continuamos as buscas para descobrir quem colocou esse revólver na mão desses menores”, explicou Steffli.
Residência era ocupada apenas por adolescentes
Durante a ocorrência, os militares também constataram que somente adolescentes estavam dentro da residência. Esse detalhe levantou preocupação e motivou um alerta por parte da PM.
“Os pais precisam saber onde seus filhos estão e o que estão fazendo. A educação começa dentro de casa. Quando a família falha, o traficante não falha: ele coapta”, disse o comandante.
Embora a PM tenha recebido informações preliminares sobre uma possível ligação dos jovens com atividades criminosas, Steffli destacou que nenhum deles possui passagem policial, o que ainda exige investigação mais detalhada.
Steffli explica a dinâmica da “roleta russa”
Para esclarecer a gravidade da prática, o comandante detalhou como funciona a chamada roleta russa — comportamento que, segundo ele, representa risco extremo.
“Você coloca uma munição no tambor do revólver, gira rapidamente e fecha a arma. Depois, puxa o gatilho na sorte. Há quatro chances de não disparar e uma de disparar. Mas quem brinca disso por meia hora… uma hora acontece uma tragédia”, relatou.
O comandante ainda comparou a atitude à irresponsabilidade de motoristas que atravessam semáforos em alta velocidade, reforçando que comportamentos de risco vêm se repetindo entre jovens.
Polícia Civil assume investigação e busca esclarecer toda a dinâmica
Após as prisões, os envolvidos foram levados à Delegacia de Polícia Civil, que agora investiga:
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a origem da arma;
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a motivação que levou o grupo a se reunir armado;
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e a eventual responsabilidade dos responsáveis legais pelos menores.
Além disso, a recuperação do revólver será fundamental para esclarecer completamente as circunstâncias do caso.
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