A Polícia Civil de Goiás concluiu que dois filhos do empresário e fazendeiro Jefferson Cury, bilionário assassinado aos 83 anos, planejaram a morte do próprio pai para ficar com a herança. O crime aconteceu em 2023, na zona rural de Quirinópolis.
Durante uma operação conjunta entre as polícias civis de Goiás e São Paulo, foram presos os dois filhos e mais quatro suspeitos, entre eles um corretor de imóveis e funcionários da vítima.
Operação Testamento
A Operação Testamento foi conduzida pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Rio Verde, com apoio da Polícia Civil paulista. Os detidos respondem por homicídio e tentativa de homicídio contra Jefferson Cury e seu advogado, Leonardo Ribeiro Nalesso, de 41 anos. O advogado sobreviveu aos ferimentos graves.
Execução com tiros na cabeça
O crime ocorreu na noite de 28 de novembro de 2023, por volta das 22h20, em uma fazenda às margens da GO-206, em Quirinópolis. Dois homens simularam um defeito no carro em que estavam e abordaram a caminhonete onde seguiam o fazendeiro e o advogado.
Assim, um dos criminosos atirou no rosto de Cury, que morreu na hora. Em seguida, disparou duas vezes contra o advogado, atingindo sua cabeça e uma das mãos. Leonardo foi encontrado apenas no dia seguinte e levado ao hospital.
Planejamento e motivação
Além disso, de acordo com o delegado Adelson Candeo, o homicídio foi executado por um afilhado da vítima, com ajuda dos pais, todos funcionários da fazenda. Porém, o planejamento partiu dos filhos do empresário, com apoio de um corretor que buscava lucros milionários na negociação dos bens.
Apesar de já terem recebido mais de R$ 170 milhões cada um após a morte da mãe, os filhos queriam impedir o pai de transferir o restante do patrimônio, estimado em R$ 1 bilhão, para uma holding.
O fazendeiro assinaria o novo testamento no dia 29 de novembro de 2023, mas foi morto na véspera. Segundo a polícia, a execução também teria servido para quitar uma dívida dos caseiros com a vítima.
Armas e mandados
A operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão e resultou na prisão de seis pessoas. Assim, a polícia apreendeu cinco armas de fogo, sendo quatro do mesmo calibre usado no assassinato.

Dessa forma, as ações ocorreram em Ribeirão Preto (SP), São Joaquim da Barra (SP), Barretos (SP), São Paulo (SP), Goiânia (GO), Quirinópolis (GO), Cachoeira Alta (GO), Caçu (GO), Pires do Rio (GO) e Itarumã (GO).






