O cirurgião-oncologista e mastologista Dr. Rafael Portela, do Instituto Goiano de Oncologia, destacou a importância do diagnóstico precoce e da prevenção no combate ao câncer de mama — um dos tipos mais curáveis da atualidade.
Segundo ele, quanto antes o tumor é detectado, maiores são as chances de cura e de um tratamento menos agressivo.
Tratamentos avançaram e aumentam chances de cura
De acordo com o especialista, nas últimas três décadas houve grandes avanços nas terapias cirúrgicas, medicamentosas e radioterápicas.
“A paciente que procura o médico regularmente tem mais chances de cura e pode ter um tratamento menos radical, com melhores resultados e qualidade de vida”, explicou.
Além disso, ele destacou que o progresso da medicina tem permitido tratamentos mais personalizados, que garantem resultados mais eficazes e menos impactos psicológicos.
Fatores de risco
Dr. Portela ressaltou que apenas 5% a 10% dos casos têm origem genética. O principal fator de risco, portanto, é ter um parente de primeiro grau, como mãe ou irmã, que teve câncer de mama.
“Os outros fatores, como obesidade e sedentarismo, têm peso menor, mas também merecem atenção. Alimentação equilibrada e prática de exercícios ajudam a reduzir riscos hormonais”, orientou.
Por outro lado, ele lembrou que a prevenção depende, em grande parte, de hábitos saudáveis e da realização regular de exames clínicos.
Cirurgias menos invasivas
O médico lembrou ainda que o número de mastectomias completas diminuiu consideravelmente nos últimos anos.
“Hoje, não mais do que 20% das pacientes precisam retirar totalmente a mama. O aumento da conscientização e os novos tratamentos permitem evitar procedimentos radicais. E mesmo quem passa pela cirurgia pode reconstruir as mamas”, afirmou.
Dessa forma, as mulheres que realizam exames de rotina têm mais chances de conservar a mama e de enfrentar o tratamento com segurança e autoestima.
Autoexame e mamografia
O especialista alertou que nem todo nódulo é câncer, mas qualquer alteração deve ser avaliada por um profissional. “O tumor benigno é muito mais comum, mas cada caso precisa de acompanhamento individualizado”, pontuou.
Além disso, ele reforçou que a automedicação e as comparações com casos de outras mulheres devem ser evitadas, pois cada diagnóstico é único.
Com relação à mamografia, Dr. Portela destacou uma conquista recente: o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a liberar o exame a partir dos 40 anos.
“Antes disso, só pacientes com histórico familiar de câncer devem ser acompanhadas de forma específica”, explicou.
Portanto, ele recomenda que as mulheres procurem orientação médica anual, mesmo quando não há sintomas aparentes.
Mensagem final
Dr. Rafael Portela encerrou com uma mensagem de fé e encorajamento:
“As mulheres não devem ter medo de ir ao médico ou fazer a mamografia. O câncer de mama tem tratamento e tem cura. Hoje, temos muito mais histórias de superação do que de perda.”






