30 de novembro de 2017

2017: o ano de dois erros graves de policiais militares da PM/GO

“Abordagem e momento em policial comete fraude na cena do crime foi flagrada por sistemas de monitoramentos das imediações em diversos anglos”


A Polícia Militar do Estado de Goiás, neste ano de 2017 contou com dois fatos graves, os quais marcaram negativamente a instituição.


PMs mataram a tiros o estudante Robertinho, 16 anos de idade, em abril 

“Roberto Campos da Silva” (Foto: Reprodução/Facebook)


A primeira aconteceu no dia 17 de abril, e Roberto Campos da Silva, 16 anos de idade, foi morto a tiros por policiais da PM2, na noite do dia 17 de abril, dentro de sua própria casa, no Residencial Vale do Araguaia, na grande Goiânia.  Na ação, o
 pai do garoto também foi baleado, mas resistiu aos ferimentos.

O Adolescente estava no 2º ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Professor Wilma Gonçalves da Silva e tinha excelente desempenho, suas intenções eram se mudar para o Canadá.

Segundo relatos da madrasta ao Jornal O Popular na época, a ação durou quase 50 minutos, a qual teve participação de três soldados da Polícia Militar (PM) que mataram, com tiros nas costas, o estudante Roberto Campos da Silva, conhecido como Robertinho. Na casa onde ele morava com a família, no Residencial Vale do Araguaia, Região Leste de Goiânia. O adolescente foi morto perto do pai, de 42 anos, que foi baleado e encaminhado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), da madrasta, de 42, e dos outros dois filhos dela, de 08 e 14 anos de idade.

Os militares atuavam no serviço de inteligência da PM e foram presos. A Secretária de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) informou na época, que eles estavam em serviço e tinham o “comportamento bom”. Os policiais suspeitos de praticarem os crimes foram Paulo Antônio de Souza Júnior, Rogério Rangel Araújo Silva e Cláudio Henrique da Silva, nomes confirmados pela SSPAP.


Relembre o caso do garoto Robertinho 

CRIME QUE ABALOU GOIÂNIA: estudante de 16 anos de idade foi morto a tiros por PMs ao lado do pai, que também foi baleado

 O caso mais recente e com grande repercussão negativa para a PM de Goiás aconteceu no início da noite do último sábado (25), em Senador Canedo, região metropolitana de Goiânia. Um dos policias militares do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT), efetuou disparos ao realizar a abordagem em um veículo em que estava o auxiliar de produção Tiago Messias Ribeiro, 31 anos de idade, que era feito refém por um menor de idade para roubar o veículo.

O Comando da PM condenou a conduta dos policiais, o que também foi inaceitável pelo Secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, Ricardo Balestreri.

O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Estado de Goiás, e na tarde de ontem, quarta-feira (29), foi pedido a prisão preventiva dos policiais do Grupo Tático (GPT), envolvidos na morte do refém e do suspeito de assalto.


Entenda o caso na matéria do Jornal O Popular 

https://www.opopular.com.br/editorias/cidade/pms-dispararam-19-vezes-em-carro-tiago-messias-morto-em-senador-canedo-veja-v%C3%ADdeo-1.1405129

Respeitando todos os policiais militares que cumprem rigorosamente a profissão, mas na atualidade e na realidade em que vivemos, erros grotescos como os que ocorreram em nosso Estado , jamais podem ocorrer, pois além de ser exigida qualificação de nível superior para prestar o concurso, antes de serem colocados nas ruas com uma arma em punho para proteger o cidadão de bem, os policiais passam por cursos preparatórios muito rigorosos.

Claro que não se combate criminalidade jogando pétalas de rosas para criminosos, mas também muitos dos novos policiais militares se transformam ao colocarem uma farda e uma arma na cintura, passam a se achar que estão acima do bem e do mal, e até chegam a esquecer que quem paga o seu salário somos nós, contribuintes,  ou seja, são funcionários do povo.


Escrito por: Badiinho Filho/Fontes: Jornal O Popular e Diário de Goiás

Fotos: Reprodução/Vídeo: Youtube