17 de julho de 2018

Enel e Caixa não chegam em acordo para contas de luz

Foto: André Costa/Reprodução

Representantes da Enel Distribuição Goiás e da Caixa Econômica Federal se reuniram ontem para negociarem um novo valor para o reajuste da tarifa cobrada pela instituição financeira para o recebimento de contas de luz do Estado, mas não chegaram a um acordo. Por isso, a distribuidora de energia anunciou que o descredenciamento de casas lotéricas, agências e correspondentes Caixa Aqui, a partir de 5 de agosto, está mantido.

De acordo com a Enel, diante da proposta apresentada pelo banco durante o encontro de ontem, mantendo o porcentual de aumento praticamente inalterado, a distribuidora manteve a decisão de descredenciamento das lotéricas. A medida foi motivada pelo pedido de reajuste de cerca de 30% proposto pelo banco na tarifa cobrada para receber as faturas de energia nas casas lotéricas. Com o descredenciamento, o consumidor goiano perderá 34,38% dos locais disponíveis para pagar a conta de luz.

De acordo com a Enel, o valor proposto pela Caixa chega a ser 50% acima do atualmente contratado pela distribuidora em canais semelhantes de outros bancos. “Esse reajuste traria reflexos nas tarifas de energia, atingindo diretamente os consumidores”, afirma a empresa, que reforça que disponibiliza mais de 1,7 mil agentes arrecadadores para pagamento das faturas no Estado, como supermercados, farmácias e grandes comércios. A Enel informa que segue aberta ao diálogo com a Caixa.

Em outros Estados do País, como Bahia e Pernambuco, esse descredenciamento já ocorreu este ano e trouxe muitos transtornos ao consumidor e para as distribuidoras de energia. Milhares de usuários reclamaram de dificuldades para fazer o pagamento das contas nos demais pontos de atendimento, o que elevou a inadimplência no serviço. A Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba) chegou a suspender os cortes de energia dos clientes com faturas em atraso. Os problemas obrigaram as distribuidoras locais e o banco a retomarem o contrato de recebimento das contas.

Escrito por: Redação/Fonte: Jornal O Popular 

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