16 de julho de 2018

Enel e Caixa devem renovar contrato para que pagamentos de contas de energias continuem sendo pagas nas agências lotéricas de Goiás

Estava prevista para hoje, segunda-feira (16), novo encontro entre o atual presidente da Enel em Goiás, Abel Rochinha e a superintendente da Caixa, Marise Fernandes. (Foto: Internet/Reprodução)

Representantes da Enel Distribuição e da Caixa Econômica Federal, devem se reencontrar nesta semana para tratarem da renovação do contrato entre a companhia energética e o banco, a fim de assegurarem o pagamento das contas de energia em agências lotéricas de todo o Estado de Goiás.

Segundo a coluna Giro do Jornal O Popular desta segunda-feira, 16 de julho, vereadores, deputados e até mesmo o governo goiano, começaram a intermediar  para evitarem o fim do contrato entre ambas às partes. Com as articulações políticas acontecendo, existe uma expectativa de que as contas de energia continuem sendo pagas nas  casas loterias da capital e do interior.

Além da reação popular negativa para Enel, pesa também o lado financeiro, pois na avaliação da alta cúpula da Caixa, é que o rompimento de contrato com a concessionária de energia seria um replay de outros Estados, os quais houve  a ruptura, a exemplos  de Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, Estados estes em que foram registradas perdas catastróficas para os cofres públicos e principalmente paras as companhias de energia elétrica, as quais perceberam o número de inadimplência aumentarem.

A expectativa é que a reunião entre o presidente da Enel Distribuição, Abel Rochinha, e a superintendente da Caixa  Econômica Federal (CEF) em Goiás, Marise Fernandes, acontecesse ainda na data de hoje, segunda-feira (16).

Entenda o caso

Foto: Reprodução

A Enel Distribuição Goiás, antiga Celg, anunciou no último dia de 10 de julho, que a partir do dia 5 de agosto as faturas de energia da companhia não poderão mais ser pagas nas casas lotéricas, nos Correspondentes Caixa Aqui e nas agências bancárias da Caixa Econômica Federal. Isso porque o contrato de arrecadação com a Caixa foi encerrado.

Segundo a distribuidora, isso ocorreu devido ao reajuste de cerca de 30% proposto pelo banco na tarifa cobrada para receber as faturas nesses locais de atendimento. Para se ter uma ideia, o valor proposto pela Caixa chegava a ser 50% acima do atualmente contratado pela Enel em canais semelhantes de outros bancos.

Além disso, a Enel informou que naquela oportunidade se o contrato fosse renovado poderia refletir inclusive nas tarifas de energia, o que atingiria também os consumidores. De acordo com a distribuidora, as taxas de arrecadação entrariam no cálculo da tarifa na próxima revisão.

Como alternativa, a Enel diz que a orientação para os clientes de bancos conveniados (Banco do Brasil, Santander, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banco de Brasília, Intermedium, Safra, Mercantil, Bancoob e Sicredi) é para que cadastrarem suas contas em débito automático, o que é possível ser feito pelos canais de atendimento dos próprios bancos (internet banking, app ou agência). Atualmente, a distribuidora tem 220 mil clientes já cadastrados na opção de débito automático.

Outra opção indicada é pagar a fatura por meio do serviço de internet banking e nos caixas eletrônicos dos bancos conveniados, desde que seja correntista. A companhia reforçou que a Caixa Econômica continua recebendo pagamento das contas de luz de correntistas do banco em seus canais eletrônicos

Permanecerá ativo também o serviço de pagamento online que dispensa a apresentação da fatura de energia para realização do pagamento, este serviço permanecerá disponível nas Lotéricas e Correspondentes da Caixa com a cobrança de R$ 2,80 na próxima fatura. A Enel também disponibiliza mais de 1,7 mil agentes arrecadadores para pagamento das faturas de energia elétrica, como supermercados, farmácias ou grandes comércios.

De lá para cá, o anúncio do fim de contrato entre o banco e a Enel, acarretou em uma chuva de críticas dos consumidores goianos, colocando os representantes políticos em saia justa e os obrigando a intermediarem novas negociações para que a população de Goiás não fique no prejuízo.

Escrito por: Badiinho Filho 

Foto: Reprodução